Prédio é o mesmo onde o síndico era também o geral do Condomínio Trobogy, perdeu a eleição, mas não quer entregar chaves, computador, documentos e equipamentos
O quiosque que fica em área privada do Bloco Bartira, no Condomínio Trobogy, desabou há alguns dias e, por sorte, ninguém estava no local supostamente evitando danos físicos a moradores, ou visitantes, que têm acesso, que é exclusivo.
O equipamento foi construído há alguns anos por outro morador, ex-síndico, e diante da falta de manutenção, ou possivelmente descaso da atual gestão do prédio 79, não resistiu ao tempo de abandono.
Derrota inesperada
O atual síndico do prédio é o mesmo que recentemente tentou um golpe para se perpetuar no Condomínio Trobogy sem acreditar que haveria chapa concorrente e, depois de uma reunião dia 25/7, convocou uma eleição no dia seguinte para se realizar no dia 5/8.
Um grupo de moradores insatisfeito com os gastos excessivos e desnecessários como em torno de R$ 42 mil com extintores, ainda com prazo de validade, pintura de sinalização por quase R$ 20 mil, poda de árvores em torno de R$ 10 mil e o destrato do funcionário com condôminos na entrega de encomendas, faturas e mercadores, inclusive, remédios, formou a Chapa ‘Humanizar o Trobogy’.
Surpreso com a inscrição da concorrência, o ex-síndico cujo mandato venceu em 6/9, sequer abriu a AGO (Assembleia Geral Ordinária) enviando para tal o funcionário que não tem apoio dos que pagam o condomínio. Compareceu apenas para votar diante da iminente derrota. Perdeu por 69 a 45, mas que ficar no cargo na ‘marra’.
O que os moradores estão mais estarrecidos ainda é que quando a taxa era de R$ 35 por mês sobrava entre R$ 8 mil a 10 mil no saldo bancário, mas agora com taxa de R$ 70 mensais, o saldo de setembro é de apenas R$ 1,5 mil.
Insatisfeito, o derrotado recorreu à Justiça e, em três decisões, magistrados negaram os pedidos: primeiro, tentou processar o síndico eleito, Yancey Cerqueira, morador há 35 anos no Ed, Maíra. A Justiça nem reconheceu; segundo, pediu gratuidade (para pessoas de baixíssima renda) que foi negada, e finalmente, quis anular a eleição com liminar. Por enquanto, não obteve nenhuma vitória.
E para complicar o processo, adotou duas artimanhas: não informou na inicial que era o síndico e depois não pagou uma das custas processuais. Pediu que notificasse a Administração. A empresa de contabilidade esteve presente com uma das donas e uma funcionária na eleição e acompanhou tudo.
Não teve êxito em nenhum dos dois.
Porém, vai ter que provar na Justiça que integrantes da chapa vencedora não têm crédito nem moral no Condomínio nem na Bahia. Vai ser levado aos tribunais por danos morais, calúnia, difamação e injúria, assim como quem usou papel timbrado de empresa para enviar e-mails a dezenas de moradores com inverdades.