Os países integrantes OEA (Organização dos Estados Americanos) aprovaram por consenso um projeto de resolução sobre a situação na Venezuela, na sexta-feira, 16/8.
A nova proposta, liderada pelos Estados Unidos e que finalmente o Brasil defendeu depois de exposto internacionalmente, reforçou a cobrança pela divulgação das atas por seção eleitoral. Por outro lado, abriu mão da verificação externa do processo.
A preservação dos equipamentos e registros eleitorais impressos foi um dos pontos abordados na resolução.
Em entrevista ontem antes da decisão, Lula sugeriu novas eleições e foi contestado pelo amigo Nikolás Maduro e também pela opositora Maria Corina Machado, que está sob ameaça de prisão pela ditadura que o governo chamou de democracia relativa ou regime desagradável.
O texto ainda pediu que as autoridades da Venezuela protejam representações diplomáticas e quem busca asilo nessas instalações. O Brasil tem especial interesse especial nesse item, já que assumiu a responsabilidade de segurança de seis opositores do regime de Nicolás Maduro que estão abrigados na embaixada da Argentina.
A proposta articulada pelos Estados Unidos não falou em novas eleições. A ideia de uma nova votação foi defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
Na avaliação da diplomacia brasileira, ficou compatível com o tom adotado no comunicado conjunto de Brasil, Colômbia e México no dia 8 de agosto, mais de uma semana depois da fraude.
A averiguação internacional da votação foi justamente o ponto que levou o Brasil e outros países a votar contra a primeira proposta, analisada em 31 de julho na OEA.