Horas antes da eleição, presidente discursou sobre a história política da Venezuela e fez menção a declarações dadas durante a campanha
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, discursou para embaixadores estrangeiros horas antes do início das eleições presidenciais que neste domingo, 28/7. Ao longo de mais de uma hora, onde discursou sem interrupções, Maduro falou sobre a política venezuelana e mencionou declarações dadas durante a campanha, incluindo o sistema eleitoral brasileiro.
Exaltando o sistema venezuelano como o “mais seguro que existe“, o presidente relembrou as próprias falas sobre a ausência de auditorias em urnas brasileiras, afirmando que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi influenciado e se incomodou com versões deturpadas. “Esses dias disse em relação a um país e se incomodaram“, disse em menção a fala.
Maduro ainda reforçou o questionamento sobre o sistema da Venezuela afirmando não ter mentido quando citou as urnas do Brasil. “Onde fazem 16 auditorias? Em lugar nenhum“. “No Brasil, segundo todos sabe, as urnas não são auditadas”, falou o ditador.
A votação venezuelana não é obrigatória e também é feita em máquinas eletrônicas. Mais de 21 milhões de eleitores estão registados para votar neste domingo, mas espera-se que o êxodo de mais de 7,7 milhões de pessoas devido à crise prolongada – incluindo cerca de 4 milhões de eleitores – reduza o número de eleitores em potencial para cerca de 17 milhões.
Ao longo da reunião, saudando feitos e a história política da Venezuela, Maduro afirmou que o capitalismo selvagem “foi responsável por mais de um banho de sangue” no país, expressão já havia sido utilizada durante discurso em um dos atos de sua campanha à reeleição quando afirmou que haverá um “banho de sangue” caso não vença.
Fonte: Terra