Caso aconteceu na unidade no Bairro Armação
Breno Jezrael, de 23 anos, denunciou ter sido seguido e alvo de racismo em um supermercado localizado em Salvador, na tarde de domingo, 18/11. Ele relatou que o segurança do supermercado Hiperideal, localizado no Bairro de Armação, em Salvador, o seguiu por toda a loja enquanto ele realizava compras.
O jovem gravou o momento após o ocorrido, ainda dentro da unidade. No registro, visivelmente abalado, Breno aparece indignado com a situação. “Estou aqui hoje porque eu posso pagar. Estou indignado porque sou de classe média baixa, mas se eu vim aqui é porque eu posso. Eu sou jornalista, eu estudo, eu não sou qualquer pessoa não. E mesmo que eu fosse, eu tenho diretos. Se eu tenho dinheiro e eu vim aqui, eu tenho possibilidade de comprar”, relatou.
“Eu não vou aceitar que ninguém dentro desse mercado aqui me maltrate. Estou indo na delegacia prestar um boletim de ocorrência, e vou entrar com uma ação judicial pelo que eu estou passando, porque isso é constrangimento“, continuou exaltado.
“Eu não vou aceitar isso não. O que eu passei aqui foi feio. Por que eu? porque sou negro? O segurança foi até o final para poder me seguir. Eu não sou ladrão e eu posso provar“, completou.
Breno contou que estava hospedado em um hotel nas proximidades e, juntamente com seu companheiro, foi até o supermercado. Ao chegar, percebeu que o segurança olhou para eles de forma “estranha” e começou a segui-los de perto.
O jovem afirmou que o companheiro notou a intenção de questionar o segurança e pediu para que ele não fizesse nada. Após realizarem a compra e voltarem ao hotel, Breno se deu conta de que havia esquecido de comprar o gelo e, por volta das 17h30, retornou ao supermercado. Segundo ele, o mesmo segurança continuou a segui-lo.
O jovem ainda afirmou que, ao se aproximar da entrada do supermercado, dois outros seguranças disseram que ele estava apenas cumprindo suas funções, mas prometeram investigar o caso. Breno, por sua vez, falou sobre a questão racial e foi informado de que essa seria “uma pauta pessoal” dele e não uma questão relacionada ao ocorrido.
Fonte: A Tarde