Estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais (11 anos), do Colégio Portinari visitaram. a cidade em aula especial; Cachoeira nos educa para o sentido maior da cidadania, diz professora.
Olhares atentos, a curiosidade aguçada, muito conhecimento e encantamento marcaram a visita de estudantes do 6º ano, em Salvador, à histórica cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, esta semana. Uma nova incursão pedagógica com mais uma turma, já está agendada pelos professores do Colégio para a próxima semana, dia 20/9, tendo o mesmo roteiro da aula em campo: Igrejas da Ordem 3ª do Carmo e da Matriz, além da Casa de Câmara e Cadeia, importantes referências da história do Brasil. A programação conta, ainda, com passagem pelo Memorial Hansen Bahia, em São Félix, e por Muritiba.
“Nossa aula fora dos muros da escola, em Cachoeira, é parte do projeto História, Cidade e Cidadania, dando ênfase ao patrimônio histórico, cultural e a relevância ancestral desta cidade e das lutas históricas do povo desse lugar tão representativo na construção da nossa identidade. Cachoeira tem uma forte contribuição na formação da nacionalidade e identidade do Brasil e dos brasileiros. Levar estas crianças até lá, aguça o olhar, os sentidos e o sentimento de participação, de identidade e de pertencimento, uma vez que a cidade nos revela os necessários vínculos para a retomada da memória histórica do nosso processo de formação e raízes identitárias”, avalia a professora Marilene Miranda, do Colégio Cândido Portinari.
Com o título de Cidade Monumento Nacional, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) há 50 anos, Cachoeira reúne o mais importante acervo arquitetônico barroco da Bahia (depois de Salvador), cenário de grandes batalhas e lutas de resistência, incluindo sua participação especial para o processo de Independência do Brasil. “A cidade foi dominada pelos latifundiários, grandes proprietários de terra e de escravizados desde o processo inicial da colonização portuguesa na América, processo que foi tão violento e invasivo em todo o território do atual Brasil, sobretudo na relação com os indígenas e com a população africana escravizada. Portanto, esta cidade não é qualquer cidade, ela traz uma herança específica que revela o recôncavo inteiro e nos educa para o sentido maior da cidadania”, ressalta a professora.
Fonte: Assessoria Flávia De Oliveira