Suposição de especulação imobiliária e prejuízos à população marcam indignação de comerciantes e moradores
A proposta de transferência da Central de Abastecimento (ainda totalmente abandonada pela gestão apesar de quase 6 anos e de mais receita própria que vem dos candeenses) e do Terminal Rodoviário para o Bairro da Fazenda Mamão, a mais de 4 km do Cento de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, além de indignação, causou certa desconfiança para lideranças (que preferem anonimato) por vários motivos.
Segundo essas lideranças, que viram na presença de centenas de pessoas na sessão da Câmara Municipal de terça-feira, 6/9, uma avalanche de protestos poucas vezes vista na cidade, uma demonstração da insatisfação de quem prometeu cuidar dos candeenses e das candeenses, e um verdadeiro descaso com o bem-estar, principalmente, com os idosos, trabalhadores (as) e comerciantes, que contribuem com IPTU, ISS, Taxa de Iluminação e outros impostos, para Candeias estar em as 7 cidades com mais receita na Bahia (R$ 422 milhões em 2021).
Na sessão da Câmara Municipal, o secretário Ivan Palma, que tentou defender o projeto, foi estrepitosamente vaiado, não pela pessoa, mas pela proposta considerada inaceitável e megalomaníaca.
Além da falta total de estrutura do bairro, que vai precisar de urbanização completa (vias, iluminação geral, terminal de transporte municipal, segurança), a distância é um grave problema para a população e as vendas.
Longe de 90% dos bairros da cidade e de muitos distritos, além das cidades de Madre de Deus e São Francisco do Conde – fontes de compra na Central, há quem acredite que outra razão seria especulação imobiliária.
Querem saber quem é proprietário ou comprou terrenos que se beneficiariam com a medida, ou seja, as áreas seriam valorizadas em pelo menos 10 vezes depois de finalizada a lunática e prejudicial obra para os candeenses.